Visando o debate sobre a instalação dos novos medidores de energia, conhecidos popularmente como “chip”, a Câmara de Duque de Caxias, a pedido do vereador Thiago Barreto (PDT), recebeu representantes das concessionárias Light e Ampla, além de advogado da Comissão dos Direitos e Defesa do Consumidor do Estado do Rio de Janeiro, para a realização de uma audiência pública, que contou ainda com a presença dos vereadores Nivan Almeida (PR), Fatinha (Solidariedade) e Juliana do Táxi (PSD).
“O nosso dever é fazer o elo entre a população e as concessionárias do serviço, uma vez que muitas reclamações e dúvidas sobre os chips estavam entre as principais demandas da Cidade”, justificou Thiago Barreto, agradecendo a disponibilidade das empresas.
As principais demandas expostas pela população durante a audiência foram: solicitação de um ponto de atendimento da Light no quarto distrito de Caxias e a visita de representantes da empresa ao bairro Pauliceia para sanar dúvidas do povo local; explicações sobre a margem de erro dos medidores de energia e sobre a interferência do clima nessas medições; reclamações sobre a prestação de serviço das terceirizadas contratadas pela Light e sobre a demora no restabelecimento de energia, quando falta luz; pedido de extensão da rede de energia às comunidades da Cidade; melhoria do serviço de poda de árvores que prejudicam a rede e esclarecimentos sobre o notável aumento da taxa de energia e sobre como obter a tarifa social.
Representando a Light, Josely Cabral explicou que o objetivo da instalação dos chips é melhorar a qualidade do serviço, com menos perda de energia. “Os medidores, homologados pelo Inmetro, são mais precisos e foram testados exaustivamente a temperaturas de até 70 graus, nenhuma anomalia foi detectada. De toda experiência dos 860 mil medidores que temos, podemos dizer que os medidores antigos não estavam medindo todo consumo”, disse, se disponibilizando a atender e buscar soluções às demandas apresentadas.
Sobre a tarifa social, a Light esclareceu que é estabelecida por Lei Federal e que o consumidor precisa atender requisitos para obtenção do benefício, como, por exemplo, renda per capita de meio salário mínimo ou ter alguma bolsa assistencial do governo. “Sobre o aumento da conta de luz, não podemos esquecer os 86% de aumento imputado pelo governo federal. A conta de todos os consumidores sofreu esse reajuste. Além disso, vale lembrar que os clientes pagam pela energia daqueles que fraudam (o famoso “gato”). Se não houvesse furto de energia, a conta seria 17% mais barata. É injusto, mas é o modelo do setor elétrico.”
Representando a Ampla, Guilherme Brasil também se dispôs a prestar esclarecimentos e a levar as demandas ao conhecimento da empresa. “Nossa função é atender bem a todos. Às vezes, para melhorar o serviço é preciso algumas interrupções, que são desconfortáveis, mas o resultado é sempre satisfatório.”