A Câmara de Duque de Caxias abriu as portas do plenário nesta sexta-feira, dia 13, para a realização de um seminário sobre mobilidade urbana, idealizado por meio de uma parceria entre o Instituto Histórico e a
Secretaria Municipal de Planejamento, Habitação e Urbanismo, com a finalidade de debater as principais demandas da Cidade e apresentar as ações da Prefeitura.
A diretora do Instituto Histórico, professora Tania Amaro, abriu o evento com uma palestra sobre os impactos sociais da estrada de ferro. “É uma alegria a oportunidade de debater as questões da Cidade. O Dia da Baixada, comemorado em 30 de abril, coincide com a data da primeira estrada de ferro, quando se deu toda transformação nos rumos da história. A ferrovia foi muito importante para o crescimento e desenvolvimento da nossa região.”
O secretário municipal de Planejamento, Habitação e Urbanismo, Luiz Edmundo, ressaltou o posicionamento da Prefeitura. “A principal preocupação de infraestrutura do prefeito hoje é em relação à água, mas, logo em seguida está a questão da mobilidade, tanto que nos autorizou a contratar um plano de mobilidade que vai nos ajudar a dar um norte e estabelecer estratégias.”
Afirmando que conhecimento e debate são fundamentais, o gerente de planejamento urbano, Márcio Mota, se mostrou animado com o plano de mobilidade. “É a primeira vez que temos um local na Prefeitura que pensa o planejamento urbano. Caxias é gigante, com áreas distintas e ocupações diferentes, mas o Município não é só urbano, temos uma área de floresta muito rica que vai limitar ou proibir ocupações”, explicou ao longo de sua palestra sobre uso e ocupação do solo em Duque de Caxias.
Diretora executiva do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), Clarisse Cunha Linke discutiu a necessidade de pensar a mobilidade urbana no contexto de mudanças climáticas. “A Cidade sustentável precisa ser compacta, densa e oferecer possibilidade de viver, trabalhar e se divertir em um mesmo espaço. Em Duque de Caxias, 32% da população levam mais de uma hora no deslocamento de casa para o trabalho, isso é preocupante e diz respeito à qualidade de vida. E, cada vez mais migramos para o transporte individual em função de o transporte público ser ruim, é preciso repensar essa questão.”
Superintendente da Gestão Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, Gerard Fischgold falou sobre arranjo metropolitano e impacto na Baixada Fluminense. “Não existia no Rio de Janeiro nenhuma linha de preocupação com os 2,5 milhões de habitantes da Baixada que trabalham na capital. Contratamos um plano de desenvolvimento estratégico para toda região metropolitana. Queremos modelar a metrópole.”
A engenheira Ivanice Schutz, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do plano de mobilidade de Duque de Caxias disse que os principais objetivos são enfatizar os conceitos de mobilidade que vão nortear o plano. “A compreensão é de que a mobilidade deve ser tratada de forma plural. O planejamento deve reforçar a diversidade e, durante todo período de trabalho vamos elaborar oficinas e audiências com participação da sociedade.”