A Câmara Municipal de Duque de Caxias recebeu nesta segunda-feira, dia 29, audiência pública referente à prestação de contas do primeiro quadrimestre da Secretaria de Saúde. De acordo com os relatórios, a Prefeitura investiu até o momento 19,89% do orçamento na área e o índice de cobertura da atenção básica chegou a 38,29%, sendo que o pactuado para este ano é 45% até dezembro.
As consultas ambulatoriais nas seis unidades pré-hospitalares da Cidade somaram 66.146 atendimentos. Já as emergenciais nas mesmas unidades chegaram a 185.299 atendimentos, sendo a maior demanda no bairro Pilar. Outro dado importante levantado pelo secretário de Saúde, José Carlos, é que o Município atende uma demanda muito alta de pacientes de fora da Cidade. “No Hospital Moacyr do Carmo, 58% dos atendimentos são de pacientes de outras cidades. Esse índice chega a 61% no Hospital Infantil.”
Questionado pelo vereador Chiquinho Grandão (PP) sobre os serviços de ortopedia e colonoscopia no Município, o secretário explicou: “Ficou acordado no Ministério da Saúde que, a partir de julho, as cirurgias eletivas de baixa e média complexidade serão realizadas no Hospital Moacyr do Carmo e as de alta complexidade serão feitas no Hospital Adão Pereira Nunes. Temos apenas dois médicos na Cidade que fazem colonoscopia e, infelizmente, o aparelho não está funcionando por mau uso. Vamos resolver essa situação e pretendemos colocar mais três médicos para essa especialidade.”
O vereador Junior Uios (PT) observou nos relatórios que os atendimentos de mastologia estão zerados e cobrou a oferta de serviço de proctologia. O secretário ressaltou que, a partir de 30 de junho, Duque de Caxias vai começar a construir uma nova Saúde. “Temos um mastologista em Xerém e outro no Hospital Moacyr do Carmo. Estão faltando alguns ajustes, mas essa semana vai começar a funcionar o mamógrafo em Xerém para agilizar o serviço.”
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a vereadora Juliana do Táxi (PSD) solicitou que a Secretaria retome os serviços emergenciais em odontologia no Hospital Moacyr do Carmo e perguntou sobre os convênios para atendimento de fisioterapia. “Tínhamos muitos dentistas na Cidade, mas eram cooperados. Com os ajustes financeiros para enxugar a folha, a Prefeitura optou por ficar apenas com os estatutários e, por isso, tivemos que cortar os atendimentos emergenciais. Hoje, temos no local o serviço disponível três vezes na semana, com expediente das 7h às 19h. Sobre a fisioterapia, precisamos regularizar a situação do Sase para retomar os atendimentos”, informou a Secretaria.
O vereador Marcos Tavares (PSDC) opinou que a realização de concurso público para a área da Saúde é a melhor opção para resolver o problema de déficit de funcionários. “Acho difícil a realização de concurso ainda este ano, mas vamos trabalhar para isso. Temos que nos organizar e verificar com a Secretaria de Fazenda essa possibilidade para atender a nossa demanda”, disse o secretário José Carlos, que aproveitou para esclarecer outro ponto questionado durante a plenária. “Não houve realocação de recursos do orçamento para a construção do Hospital do Olho. Essa obra é fruto de uma emenda parlamentar destinada pelo deputado Rosenverg Reis.”