A Câmara Municipal de Duque de Caxias recebeu nesta terça-feira, dia 26, a Secretaria Municipal de Saúde para apresentação dos relatórios referentes ao segundo quadrimestre. Vereadores e população puderam analisar os dados e tirar dúvidas sobre as ações da pasta no período.
De acordo com a prestação de contas, a receita da Saúde nos últimos quatro meses foi pouco mais de R$ 125 milhões, sendo cerca de R$ 53 milhões de recursos próprios e aproximadamente R$ 72 milhões recebidos através de repasses do Estado e da União. O percentual de investimento na Saúde chegou a 21,29%, dois pontos percentuais a mais que no primeiro quadrimestre.
O vereador Chiquinho Grandão (PP) questionou o secretário José Carlos sobre os atendimentos de emergência, que estão falhos na Cidade. “Não conseguimos avançar nesse tipo de atendimento na ortopedia, mastologia e urologia, por exemplo. Existe uma previsão de melhoria nessas áreas?”
O titular da pasta explicou a situação: “Tivemos uma reunião entre a direção dos hospitais Moacyr do Carmo e Adão Pereira Nunes, ficou combinado que o Moacyr atenderia os casos eletivos e o Adão os casos emergenciais, pois não tínhamos verba para contratar especialistas para plantão. Mas, estamos planejando essas contratações para o próximo ano.”
Outra questão levantada foi sobre o atendimento odontológico. “Visitando um posto na Taquara, percebi a falta do dentista e também do funcionário administrativo. Ainda temos muitos funcionários comprometidos, mas uns poucos como esses faltosos nos deixam preocupados, pois a falta de produtividade também faz cair nossa arrecadação”, ressaltou o vereador Nivan Almeida (PRP).
A Secretaria informou que está visitando as unidades e fiscalizando a frequência dos funcionários, tanto estatutários quanto contratados, inclusive dando falta e descontando quando não encontra os profissionais no local.
Atenta aos números, a vereadora Juliana do Táxi (PSD) indagou se os 3.500 atendimentos de bucomaxilo na UPA Beira Mar eram reais. A Secretaria respondeu que, na verdade, os números englobam os atendimentos odontológicos e não apenas bucomaxilo e que iriam corrigir a informação na planilha.
O vereador Marcos Tavares (PSDC) quis saber quando serão reabertos o Hospital Duque e a emergência do Hospital Moacyr do Carmo. “Não podemos admitir que uma Cidade com quase um milhão de habitantes fique dependendo do Estado para ter acesso a um cirurgião.”
O secretário José Carlos afirmou que as obras do Hospital Duque, onde haverá um grande centro de ressonância, já foram retomadas. “Estamos planejando a reabertura da emergência do Moacyr do Carmo. Todos sabem da dificuldade financeira do Município, então não adianta abrir sem dinheiro para pagar.”
Investimentos em novos equipamentos de saúde também foram pautados durante a audiência. “O governo começou o Hospital do Olho e o Centro de Fisioterapia, o secretário não acha que antes de investir nesses novos equipamentos, deveria colocar para funcionar o que já existe na Cidade? Não inverteram as coisas?”, perguntou o vereador Cláudio Thomaz (Podemos).
A resposta da Secretaria foi que o Hospital do Olho é fruto de emenda parlamentar do deputado Rosenverg Reis. “Não existe nenhum dinheiro do Município nessa obra, assim como a Fisioterapia, pois existem verbas carimbadas em Brasília para isso”, reforçou o secretário.
A dúvida do vereador Valdecy (PP) foi sobre a verba para contratar profissionais que vão atender nessas novas unidades especializadas. “Temos 14 oftalmologistas concursados e dois contratados na Cidade, já estamos pagando esses funcionários, que não estão operando porque falta estrutura. Temos muitas pessoas sofrendo de catarata e ficando cega, esse Hospital do Olho será um grande marco na Cidade”, concluiu o secretário.