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Segurança é discutida em audiência pública na Câmara de Duque de Caxias

Em 17, março, 2025
Segurança é discutida em audiência pública na Câmara de Duque de Caxias

Representantes do setor, de associações de moradores e da sociedade civil abordaram diversos pontos para o combate à criminalidade

A Câmara Municipal de Duque de Caxias realizou, na segunda-feira (17), a audiência pública para discutir a da segurança no município. A iniciativa do presidente da Casa, Claudio Thomaz (PRD) contou com o apoio dos demais vereadores.

Representantes das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Conselho Comunitário de Segurança Pública, associação de moradores e sociedade civil debateram pontos importantes e cobraram diversas ações do governo municipal e estadual, entre elas, a criação do Conselho Municipal de Segurança Pública.

Em relação ao fortalecimento da segurança em Duque de Caxias, Claudio Thomaz mostrou-se ansioso para a aprovação do projeto de lei da Guarda Municipal e confiante de que o município está no caminho certo. “Já temos experiência em outras cidades como Balneário Camboriú, São Paulo que melhorou sim a segurança pública com a Guarda Municipal armada”, disse o presidente.

O comandante do 15º Batalhão, tenente-coronel Reis, relatou que os casos de violência em Duque de Caxias caíram nos últimos quatro meses. Segundo ele, as projeções para o mês de março apontam que, depois de muito tempo, o município voltará a bater as metas estipuladas pelo Sistema de Indicadores (SIN) da Secretaria de Segurança.

Ele ainda falou sobre o processo de municipalização da segurança pública como fortalecimento da Polícia Militar e da Guarda Civil. “Há mais de 10 anos venho falando isso. Esse é o caminho sem volta e é muito importante. São mais forças unidas no combate à criminalidade”.

Delegado da 62ª Delegacia de Polícia, em Imbariê, Cley Catão, comentou que a Polícia do Estado do Rio de Janeiro é muito atuante e que há 32 anos na corporação, nunca viu tantos resultados positivos tantos nas prisões quanto na apreensão de armas que só, no ano passado, chegou a 640 fuzis. “Duque de Caxias vem se destacando positivamente porque temos um sistema integrado (CISPBAF) que monitorou toda a cidade e isso vem favorecendo muito o nosso trabalho”.

Catorze vereadores estiveram presentes à audiência. Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara de Duque de Caxias, Beto Gabriel (SD), ressaltou as palavras do delegado Cley Catão. “Eu já daria por encerrado aqui por tudo o que o senhor falou. O problema da segurança é social, político e econômico. O problema hoje não é efetivo”.

Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública, Jerônimo Calçada, a sociedade precisa olhar a segurança de dentro para fora. “Acho que a gente chegou ao ponto aonde não somente o enfrentamento talvez seja a solução para o que a gente passa no Estado Rio de Janeiro. Eu acho que é atuar com a base, com a educação, com o social que também é tão importante quanto você investir apenas em políticas de combate em segurança pública”.

José Afonso Mota, delegado titular da 61ª DP, em Xerém, e o representante do 14º Grupamento de Bombeiro Militar, capitão Giannine Vieira, também se colocaram à disposição da Câmara e da população para esclarecimentos e trabalhos em conjunto.

O secretário municipal de Segurança, coronel Vinícius Carvalho, destacou a importância da audiência pública como um momento de diálogo e aprendizado conjunto. Ele destacou a implementação do totem de reconhecimento facial no município que já deu resultados positivos. “Ele trabalha integrado ao sistema, hoje, com esse totem nós temos 301 câmeras em Duque de Caxias. O objetivo dele é o reconhecimento facial e por placa e, talvez, o flagrante de um crime que esteja acontecendo”.

Após as manifestações da mesa, os vereadores fizeram as suas considerações ressaltando as principais demandas do município, entre elas, mais investimentos na segurança, na educação, a situação dos ferros-velhos e a realização do concurso da Guarda Municipal armada. Alguns reiteraram as suas indicações parlamentares aos governos municipal e estadual.

A sociedade civil também se manifestou. A presidente da Associação de Moradores do 25 de Agosto, Maria do Socorro, solicitou instalação de câmeras no bairro e apoio quanto à retirada de veículos abandonados das ruas, uma vez que estão sendo utilizados para o uso de drogas e roubos de peças. O presidente da Associação dos Moradores do Parque da Liberdade, Carlos Antônio Vieira, também pediu mais segurança para o local.

Paula Moura da Associação dos Moradores Indígenas contestou a demora na apresentação do Plano Municipal de Segurança Pública e pediu mais políticas públicas para o setor. O militante social Antônio Mendes apontou uma crise na segurança e ressaltou que os investimentos na educação são necessários também para o combate ao crime.

A ativista do Movimento Negro Unificado, Sílvia de Mendonça, enfatizou que a valorização da cultura é uma forma de combate à violência. Fátima Pimentel disse que a população vive acuada com medo da violência e pediu mais atuação dos órgãos competentes, e João Victor ressaltou a importância de uma Guarda Municipal armada.

O presidente Claudio Thomaz considerou positiva a audiência pública. “Nós anotamos atentamente cada reivindicação da população e vamos encaminhar seja para a delegacia, batalhão etc. Vamos cobrar ações que realmente atendam o clamor da população que é a mais prejudicada com a insegurança”.

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