Vereadores, secretários municipais, Igreja Católica, Fundec, Firjan, Ministério Público e movimentos da juventude se reuniram em audiência pública na Câmara de Duque de Caxias, na sexta-feira, dia 6, para debater políticas públicas aos jovens caxienses.
Durante a plenária, muitos jovens fizeram reivindicações, apontando os pontos falhos na Cidade, e também apresentaram propostas para compor as políticas públicas, como a implementação de cursos profissionalizantes de acordo com a realidade de cada região; a descentralização das políticas públicas, para que os quatro distritos tenham o mesmo acesso; um diagnóstico da violência contra a juventude e um plano de prevenção à violência e às drogas; maior protagonismo do jovem na sociedade; incentivo ao esporte; melhoria da qualidade da educação, com escolas em tempo integral e abertas aos finais de semana com ofertas de atividades; praças com profissionais capacitados para atividades de lazer; bibliotecas; a efetivação do Conselho Municipal da Juventude e a reabertura do teatro da Câmara Municipal.
“Esse debate é muito importante e merece atenção especial. Parabenizo o governo municipal, que se dispôs a ouvir os anseios dos jovens da Cidade, e também a Igreja Católica, que está se movimentando em prol da juventude. A democracia faz surgir momentos como esse e a Câmara Municipal se compromete a batalhar pela efetivação do Conselho Municipal da Juventude, pela reabertura do teatro e também por outras questões expostas nessa audiência”, disse o presidente do Legislativo, Eduardo Moreira (PT).
Representando a Igreja Católica, Frei Evaristo afirmou que as paróquias estão promovendo o Fórum Grita Baixada. “O objetivo é discutir a grande violência que assola a Baixada Fluminense. Somente no primeiro semestre deste ano foram assassinados 893 jovens na região, a maioria negra e da periferia. O que a sociedade está fazendo e quais as oportunidades que o governo está dando aos jovens? Queremos novos caminhos.”
Trabalhando há 25 anos com jovens em situação vulnerável, o diácono Sebastião destaca a necessidade de centros de tratamento aos dependentes químicos. “Mesmo que o jovem queira sair das drogas, no Estado do Rio de Janeiro não existe um lugar específico. Apelo que a Câmara trabalhe para cobrar isso do Executivo.”
O secretário municipal de Cultura, Jesus Chediak sentenciou: “Estou entre aqueles que acreditam que só há uma forma de revolução no mundo, que é através da educação.”
Concordando com o colega, o secretário municipal de Educação, Marcos Villaça ressalta que é preciso resgatar valores de fraternidade e diminuir as diferenças sociais. “Quando a gente fala em futuro, temos que dar perspectivas aos jovens e para isso é fundamental dialogar.”
O secretário municipal de Emprego, Trabalho e Renda, Mazinho, afirmou que tem buscado contemplar os jovens. “Nossa pasta tem se esforçado para trazer novas empresas para a Cidade e também para encaminhar os jovens ao mercado de trabalho. Estamos fiscalizando a Lei aprovada pela Câmara, que garante 70% da contratação de mão de obra local.”